sábado, 27 de setembro de 2014

Início.

Alguns escrevem por hobby, outros escrevem pra ocupar a mente. Eu não. Escrevo pelo oposto. Escrevo para desocupar a mente.
Tenho muita coisa guardada que deixo por dizer. Algumas vezes por ética, outras por falta de oportunidade, e outras tantas por medo. Medo de ferir, medo de não ser compreendida e muitas vezes por covardia mesmo.
Sempre considerei que a palavra pode ser uma grande arma que quando usada no momento errado ou motivada pelo sentimento errado, pode ser letal. No entanto: “o que a gente não diz não morre, nos mata.”.
 Eu li isso esses dias em algum lugar e achei incrível, pois é exatamente assim que me sinto por reviver palavras não ditas ou conversas que não aconteceram. Lentamente isso me corrói. Algumas pessoas levam isso por anos e às vezes até ao túmulo. E quando eu uso a expressão “reviver” palavras não ditas, é por que é precisamente assim que acontece. Afinal, quem nunca ficou ensaiando na mente uma resposta não dada, uma opinião não expressada, uma conversa que ficou pela metade, ou até mesmo uma ideia que parece não existir ninguém capaz de entender ou se interessar? Digo com muita certeza que todos já passaram por essa experiência, ou se não passaram, ainda irão passar.
Cada um tem a sua maneira de lidar com isso. Eu descobri que sou do tipo que a mente transborda das benditas palavras não ditas. Elas ficam lá ocupando espaço e entulhando os pensamentos. Bom, aí me ocorreu que eu sei escrever, veja só! Não fui sempre uma boa aluna, mas aprendi a escrever, ora!

 Mas, brincadeiras à parte... Lembrei que eu costumava fazer isso antes, e o melhor de tudo, era muito bom. Não espero que nada daquilo que eu disser aqui faça sentido, não tenho a intenção de me fazer compreender. Não mais.  Quero apenas limpar a casa. E como em toda faxina, às vezes a gente acaba encontrando algo valioso que não via há tempos, mas na maioria das vezes é só lixo. Se der pra reciclar tudo bem, se não... Chame o lixeiro.  




K.  ‎25‎-09-2014, ‏‎07:44

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