Alguns
escrevem por hobby, outros
escrevem pra ocupar a mente. Eu não. Escrevo pelo oposto. Escrevo para
desocupar a mente.
Tenho
muita coisa guardada que deixo por dizer. Algumas vezes por ética, outras por
falta de oportunidade, e outras tantas por medo. Medo de ferir, medo de não ser
compreendida e muitas vezes por covardia mesmo.
Sempre
considerei que a palavra pode ser uma grande arma que quando usada no momento
errado ou motivada pelo sentimento errado, pode ser letal. No entanto: “o que a
gente não diz não morre, nos mata.”.
Eu
li isso esses dias em algum lugar e achei incrível, pois é exatamente assim que
me sinto por reviver palavras não ditas ou conversas que não aconteceram.
Lentamente isso me corrói. Algumas pessoas levam isso por anos e às vezes até
ao túmulo. E quando eu uso a expressão “reviver” palavras não ditas, é por que
é precisamente assim que acontece. Afinal, quem nunca ficou ensaiando na mente
uma resposta não dada, uma opinião não expressada, uma conversa que ficou pela
metade, ou até mesmo uma ideia que parece não existir ninguém capaz de entender
ou se interessar? Digo com muita certeza que todos já passaram por essa
experiência, ou se não passaram, ainda irão passar.
Cada um
tem a sua maneira de lidar com isso. Eu descobri que sou do tipo que a mente
transborda das benditas palavras não ditas. Elas ficam lá ocupando espaço e
entulhando os pensamentos. Bom, aí me ocorreu que eu sei escrever, veja só! Não
fui sempre uma boa aluna, mas aprendi a escrever, ora!
Mas,
brincadeiras à parte... Lembrei que eu costumava fazer isso antes, e o melhor
de tudo, era muito bom. Não espero que nada daquilo que eu disser aqui faça
sentido, não tenho a intenção de me fazer compreender. Não mais. Quero
apenas limpar a casa. E como em toda faxina, às vezes a gente acaba encontrando
algo valioso que não via há tempos, mas na maioria das vezes é só lixo. Se der
pra reciclar tudo bem, se não... Chame o lixeiro.
K. 25-09-2014, 07:44
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