domingo, 19 de outubro de 2014

Como eu me vejo?





Venho me questionando isso já tem algum tempo. Aliás, bastante tempo.
O Estado em que nos encontramos hoje é na verdade, um reflexo do nosso passado. O problema é que isso nem sempre é bom. Podemos entender o estado depressivo a partir disso. Perdas, mágoas, rompimentos, traições e outros sentimentos mais causados no passado, ainda estão guardados em nossa memória, inevitavelmente.  
Alguns cientistas do comportamento dizem que nossa personalidade é o conjunto de memórias que acumulamos durante a vida. Nossa coleção de memórias afetam com profundidade nossas percepções e nosso comportamento.
Isso traz juntos outros sentimentos e agora envolvendo a nossa visão de nós mesmos.
Quando trazemos traumas, e eu digo isso de qualquer experiência emocional desagradável, fica uma marca duradoura em nossa mente, e por isso nos sentimos tristes e deprimidos quando nos lembramos. O problema é que, como eu disse, isso acaba mudando nossa visão de nós mesmos. Infelizmente não é fácil separar o que sentimos no momento que estamos vivendo ou relembrando tal fato, do que realmente somos. É por isso que um estado deprimido se torna uma depressão profunda.
Diretamente relacionada com a memória, a decisão sobre quem somos, especialmente quais são nossos limites, podem afetar toda a nossa vida. Decisões podem criar crenças, valores, atitudes e até o modo de viver, podem afetar ao longo do tempo nossa percepção do mundo.
Devemos nos lembrar sempre, ao passar por um momento de turbulência causada pela dor emocional, que isso não define quem nós somos.
Nos lembrar e exercitar isso é essencial. Regular o que pensamos e o que dizemos pode ajudar muito.
 Qual afirmação aparenta ter menos peso? “Eu estou a me sentir deprimida” ou “Eu tenho depressão”. Na primeira você entende que o que sente não será eterno, admite o momento, até mesmo porque a negação só atrasa a melhora, mas somente para que você não demore nesse estado, enquanto que a segunda afirmação, aquilo que deveria ser apenas um momento acaba por se tornar parte de você.
Alguns dias atrás, postei aqui de maneira bem sucinta o que descreve muito bem isso. Eu dizia que o nossos pensamentos constroem a nossa realidade. É exatamente isso. Nem teus piores inimigos podem fazer tantos danos como teus próprios pensamentos.

Sendo assim, dê um tempo a você mesmo e se atente mais ao que de bom você tem e ao que de bom já lhe aconteceu e quem sabe assim sua realidade e sua visão de si mesmo mudem.





K.  ‎19‎-10-2014, ‏‎17:39


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mudança de Hábito.





O número de pessoas insatisfeitas nesse mundão é enorme e cresce a cada dia mais. E eu não me incluo fora dessa.

Mas o que há? A vida nos trouxe aqui e nos deixou lançados à sorte? Não temos meios pra conseguir novos resultados? Nada disso, né. As pessoas não saem deste estado de insatisfação por que para isso é necessário que haja mudança de hábitos.

O hábito é tão velho quanto a raça humana e para mantê-los sempre encontramos uma desculpa.

Mas, porque as pessoas se apegam às suas desculpas favoritas e as defendem com unhas e dentes? Ora, defendem porque foram elas que as criaram! A desculpa é filha da imaginação do homem e é próprio da natureza humana defender os filhos da nossa mente.

Um exemplo muito simples que deixa bem claro o quanto o hábito é mais forte do que a vontade de mudança: “Eu adoraria ver o nascer do sol todos os dias. Mas infelizmente não dá, eu trabalho muito e nesse horário preciso dormir e descansar.”

Ouço muito isso por aqui. É aquela velha história de querer novos resultados, mas sem mudar as fórmulas.

E essas desculpas nossas de cada dia vão mascarando os motivos verdadeiros. Se tivermos a coragem de nos vermos como realmente somos, descobriríamos o que há de errado e corrigiríamos. Assim poderíamos ter a oportunidade e aprender com os nossos erros. Pois se nada estivesse errado, estaríamos agora onde deveríamos estar. Isso se tivéssemos passado mais tempo analisando nossas fraquezas e menos tempo inventando desculpas para elas.

É comum dizermos a nós mesmos algo como: “Algum dia vou parar de fumar” ou “Qualquer dia destes vou mostrar ao mundo do que sou capaz”

É bom pensar. É bom planejar. É bom sonhar. Mas melhor ainda é agir.

Amyr Klink, navegador, sempre teve o sonho de circunavegar a terra, e hoje é conhecido por suas expedições marítimas. Quando o questionam sobre como ele teve esse êxito, a resposta dele é simples: “Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.”.

Não deveria ser diferente conosco. Com os nossos planos para o futurou ou nossas metas diárias.


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” (Fernando Teixeira de Andrade).




K.  ‎15‎-10-2014, ‏‎03:41


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

20 Coisas que Deveríamos Falar Mais Vezes




      Se você não conhece, este é o Kid President, um garotinho lindo que sempre tem coisas bacanas pra dizer. Aqui ele nos lembra de 20 coisas que todos nós deveríamos falar mais vezes.




     E você, o que acha que deveríamos falar mais vezes??

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Samba de ir embora e só.





Tá certo que o nosso mau jeito foi 
Vital pra dispensar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposição a disposição cansou
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora
Solução é a solidão de nós

Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor

Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar



(TM)







quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O que você pensa?



(Clarice Lispector)




Nossos pensamentos constroem a nossa realidade...

E então, o que você pensa?






K.  ‎08‎-10-2014, ‏‎04:19

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Certeza?!




Eu preciso admitir: estar com a razão é muito precioso pra mim. Sou muito julgada por isso, mas o que eu posso dizer? Eu sempre sinto que estou certa e na grande maioria das vezes eu estou realmente.
Sempre questionei se isso seria algo próprio da minha personalidade, e na verdade, quando observo as pessoas, o que eu vejo não é nada diferente do que acontece comigo. Em geral, toda pessoa se acha certa, ou tem um sentimento de estar absolutamente certa em suas atitudes. E é quando me torno expectadora disso que consigo entender os motivos dos julgamentos que eu recebo. Quando estamos em nossas posições defendendo estarmos completamente certos, o outro nem sempre enxerga assim e observa os nossos erros. Nós mesmos quando olhamos pra trás, podemos lembrar situações em que estávamos errados em vários comportamentos que tivemos, mas, na época, tínhamos a plena certeza de estarmos certos e muitas dessas certezas resultaram em discussões, rompimentos e mágoas desnecessárias.
Talvez nossos comportamentos estejam mais ligados aos condicionamentos ancestrais do que Carl Jung podia supor. Não só através dos padrões arquivados no inconsciente coletivo, mas também da nossa ligação com as várias fases anteriores da psique humana.
Na época que chamamos de “Idade da Pedra”, não havia nenhum comprometimento com a razão social e a luta pela sobrevivência do mais forte não deixava espaço pra nenhum tipo de autorreflexão.
Se Carl Jung estiver certo, essa sensação de liberdade absoluta que experimentamos no sentimento de estarmos sempre certos, está enraizada na fase pré-humana que foi conservada em nossa psique, no nosso inconsciente. Em outras palavras, uma herança dos nossos queridos ancestrais.
Isso explicaria. Esse condicionamento psíquico impede quase sempre que tenhamos uma visão ajuizada, por assim dizer, sobre a possibilidade de estarmos errados em certas atitudes, e até nos tornamos um pouco fechados frente às ideias que estejam contra aquilo que estabelecemos como certo.
É difícil encontrar quem coloque a prova suas próprias posições. Nos tornamos inflexíveis por esse sentimento arcaico que é o medo da competição que partilhamos dos nossos ancestrais, afinal, essa luta incessante é caracterizada pela sobrevivência dos mais fortes, como disse antes. Ponderar ou ceder sugere fraqueza e a possibilidade de fracassar, o que é imperdoável na natureza. Então competimos, não cedemos.
Ser inflexíveis nos dá a sensação de que somos mais fortes. Mesmo quando reconhecemos que estamos errados, mantemos a posição de que estamos certos. Defendemos nossos erros com desculpas traindo a razão. Esse sentimento de sobrevivência do mais forte, às vezes tem mais influencia na nossa psique do que a razão e por isso agimos mais instintivamente do que racionalmente.
Então, nossa herança psíquica não se estabelece apenas com os condicionamentos culturais, ou seja, herdados em sociedade, mas também através desses feelings psíquicos como este condicionamento arcaico herdado dos nossos ancestrais.
E ainda, se estes feelings psíquicos forem contrariados, disparam outros condicionamentos arcaicos guardados em nossa psique. Quando somos confrontados dizendo que estamos errados, ficamos com raiva, com ódio e com a expressão de um animal feroz estampada no rosto. Alguns até agem como bichos realmente, haha.


Sendo assim, que culpa tenho eu de estar sempre certa? Se isso é um problema pra você, é melhor se resolver com os meus ancestrais, haha.




K.  ‎06‎-10-2014, ‏‎23:56.

sábado, 4 de outubro de 2014

Três loucas e a esposa perfeita.




Ela está casada a 20 anos. Seu marido nunca foi fiel. Ele comprou uma casa, e deu para a amante. A esposa nunca reclamou. Tem dias, que ele dorme na casa da amante, no outro dia, quando chega em casa, a esposa preparou suas torradas com queijo e café. Nunca perguntou onde ele passa a noite. Eles tem 3 filhas. Todas são psicóticas!!! Duas delas são aposentadas. Ela é uma mãe dedicada.

Os vizinhos não entendem como ela, mesmo sabendo do que acontece, nunca se queixa. Ela nunca chora, nunca reclama de nada, nunca viram-na brigando ou discutindo. Em sua casa, ela faz de tudo pra manter a paz e não permitir que suas filhas cresçam num clima de brigas e desunião. Ela evita falar no assunto e continua seus afazeres domésticos para agradar o homem que escolheu pra ser seu esposo.

Aquilo que os pais não curam “em si”, contamina, pelas vias do inconsciente, seus filhos. É óbvio que essa “esposa ideal” sofre muito. Sofre calada. Sofre em silêncio. Dentro dela, um turbilhão de emoções. Mistura de amor e rancor, de ódio e culpa. Porém, ela foi educada pra ser a esposa ideal, logo, não combina com sua imagem fazer escândalos, discutir com seu esposo ou criar “desunião” dentro de casa.

RESULTADO: Essa raiva, cumulativa, de anos em silêncio, contamina, psiquicamente, as filhas que nascem sempre com transtornos psiquiátricos, materializando aquilo que sua mãe reprimiu em seu coração. (infecções psíquicas)




                                          O desenvolvimento da personalidade – Carl Jung  — 

Stuck in a Moment.



Algumas coisas a gente não sabe como dizer. Mas tem sempre aquela música que fala por você.
Da melhor banda do mundo, lançada em 2000 e não poderia ser mais relevante.

U2 - Stuck in a Moment - You Can't Get Out Of
 (Presa a um momento – Você não consegue sair)

Eu não tenho medo de nada neste mundo
Não há nada que você possa me dizer
Que eu não tenha escutado antes
Eu só estou tentando achar uma melodia decente
Uma canção que possa cantar em minha própria companhia

Eu nunca pensei que você fosse uma tola
Mas, querida, olhe para você!
Você tem que se levantar e carregar seu próprio peso
Estas lágrimas não vão te levar a lugar algum.

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Não diga que mais tarde ficará melhor
Agora você está presa a um momento e não consegue sair

Eu não renunciarei às cores que você traz
Mas as noites que você encheu de fogos de artifício
Elas te abandonaram sem nada
Ainda fico encantado com a luz que você trouxe a mim
Ainda ouço com seus ouvidos, e com seus olhos posso ver.

E você é tão tola por se preocupar dessa maneira
Eu sei que é difícil, e você nunca terá o bastante
Daquilo que você não precisa de verdade agora.

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Oh, amor olhe para você agora!
Você está presa a um momento e não consegue sair

Eu andava inconsciente, meio adormecido
A água parece morna até você perceber como é profunda...
Eu não estava pulando... Para mim era uma queda
É uma longa descida até o nada

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Não diga que mais tarde ficará melhor
Agora você está presa a um momento e não consegue sair

E se a noite dominar tudo?

E se o dia não durar?
E se nosso caminho vacilar
Ao longo da passagem pedregosa?

E se a noite dominar tudo?
E se o dia não durar?
E se nosso caminho vacilar
Ao longo da passagem pedregosa?
É apenas um momento
Este tempo passará.









                                                                                                                          K.  ‎03-10-2014, ‏‎23:45



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Amor Próprio.



Quem é que se dá o devido valor?
Eu sei que tem pessoas que podem acreditar que sabem do seu verdadeiro valor. Mas como eu sempre falo da maioria, dessa vez não será diferente.
Sempre trazemos um grande fardo que é “amar o próximo”. A questão chave é que isso deveria estar bem longe de ser um fardo.
Eu vivi com pessoas que depositaram todo o seu amor no outro e esqueceram-se de si mesmas, mas nem é preciso ir muito longe pra ver isso, talvez basta observar algumas das nossas atitudes.
Muitas vezes deixamos o que nós somos de lado, pra ser aquilo que o outro precisa ou quer que sejamos. E por algum período de tempo isso funciona muito bem, pois a intenção é boa e os resultados são melhores ainda, afinal, você passa a viver cercada de pessoas gratas. Só que infelizmente isso não dura muito tempo. Com o tempo você percebe que o outro nem sempre estará disposto a ser o que você precisa. Obviamente você começa a se questionar e com isso vem a decepção.
Não é necessário ser cristão pra viver sobre o enfoque de: “amar o próximo como a ti mesmo.” (Mt 22:39). Todos gostariam que fosse assim sempre e muitos passaram grande parte da vida tentando. E o motivo de não dar certo é muito claro. Há uma lógica por trás dessa premissa que muitas vezes passa despercebida. Na construção da frase, o termo “próximo” aparece antes do termo “ti mesmo”, mas quando se observa o todo, é impossível não notar a grande verdade: se eu tenho que amar o próximo como a mim mesmo, denota que primeiro é preciso me amar pra saber como o fazer. Bom, isso é o que chamamos de amor próprio.
Parece uma questão simples, mas não é.  Ter amor próprio implica em muitas coisas difíceis como: saber dizer não, quando amar o outro significa ultrapassar os limites dos teus princípios; não ter medo de ser exatamente quem você é; defender seus interesses; aprender a perdoar a si mesmo e aos outros; esquecer a opinião alheia; aprender a dizer adeus e saber quando recomeçar. É, nada fácil!
Mais complicado ainda é o fato de que muita gente justifica seu egoísmo dizendo que é amor próprio, e outra grande parte, deixa de ter amor próprio por medo de ser egoísta.
A questão é que são duas coisas completamente diferentes. A pessoa egoísta pensa em si mesmo e mais nada, custe o que custar.  Quem tem amor próprio, consegue pensar em si e nos outros ao mesmo tempo, mas vai decidir sempre conforme os teus próprios limites.
Bom, algo me faz pensar que muitas pessoas se tornaram egoístas por não terem aprendido a se amar. Quando falta amor próprio, a gente vive pelo outro, não existe limites, não existe identidade e o retorno nunca é agradável, porque, por mais que o outro retribua, ninguém pode oferecer a você esse amor que somente pode vir de você mesmo. Assim surge a desilusão, decepção, frustração e todos os outros “aõs” que você puder imaginar. E é a partir disso que nasce o egoísmo. As feridas são tantas pela falta da retribuição esperada que a única saída aparentemente justa, pra não causar mais danos a si mesmo, é esquecer o resto do mundo e fazer de você o centro de tudo. Lamentável, né? Mas enfim, isso é só uma teoria minha. Até mesmo por que, tem gente que é egoísta de ruindade mesmo, rs.
Mas, retomando o meu pensamento. Tem tantas outras implicações quando deixamos de nos amar...  Não que seja uma regra, mas você pode deixar “aleijadas” as pessoas com as quais você se relaciona, ou pior, pode se tornar um imã pra pessoas interesseiras. É muito simples de entender: se você faz tudo pelo outro, esse outro pode não aprender a fazer sozinho e sem conseguir “andar com as próprias pernas”, será completamente dependente. Ou como eu disse, pode ser ainda pior: mesmo que o outro saiba como caminhar sozinho, pode acontecer de querer sempre tirar proveito, afinal você não colocou limites.
Um saco, né? E isso tudo pode ser evitado com o amor próprio. Não correrá o risco de se tornar egoísta porque, quando fizer algo pelo outro será genuíno, sem a pressão de manter as aparências, sem se sentir roubado, e o melhor, sem esperar retorno, o que não permitirá decepção, afinal você já recebeu sua parcela de amor de si mesmo, e só o fato de ajudar já será o suficiente pra que você se sinta recompensado.
E quando você aprender a se amar e a valorizar quem você é, pode acontecer de algumas pessoas saírem da sua vida. Não impeça, deixe que vá! É um favor que farão a você, acredite.

E não deixe de estar atento, por que, como eu sempre digo: É muito fácil se perder no caminho de amar o outro.









K.  ‎29‎-09-2014, ‏‎02:18