quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Se eu fosse eu.



Quando eu não sei onde guardei um papel importante e a procura revela-se inútil, pergunto-me: se eu fosse eu e tivesse um papel importante para guardar, que lugar escolheria? Às vezes dá certo. Mas muitas vezes fico tão pressionada pela frase "se eu fosse eu", que a procura do papel se torna secundária, e começo a pensar, diria melhor SENTIR. 
           E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser movida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas e mudavam inteiramente de vida. 

          Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua, porque até minha fisionomia teria mudado. Como? Não sei. 
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo que é meu e confiaria o futuro ao futuro. 
          "Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. 
No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando, porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais.


(Clarice Lispector)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

27/11




O nome do blog...



Tudo e nada.
Perto e longe.
Alto e baixo.
Encontro e desencontro.
Sim sim, não não.
Partir ou ficar.
Ser e estar.
Pegar ou largar.
E tem aquela música.


Parece certo, mas é errado... Parece errado, mas pode dar certo...

Duvidar ou acreditar.

O infinito que existe entre nós..

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dance With My Mother

De volta quando eu era uma criança, antes que a vida me removesse toda a inocência... Minha mãe me levantaria bem no alto, e dançaria comigo .. Me rodaria até eu cair no sono... e eu sabia com certeza que era amada....
Se eu pudesse ter outra chance, outra caminhada, outra dança com ela...Eu tocaria uma canção que nunca, nunca iria acabar...Como eu adoraria, adoraria dançar com minha mãe de novo...
Se eu pudesse roubar um último olhar, um último passo, uma última dança com ela... Eu tocaria uma canção que nunca, nunca iria acabar...Pois eu adoraria, adoraria, adoraria dançar com minha mãe novamente..
Sei que oro além da conta... Mas Você poderia me mandar ela de volta?
Sei que Você não faz isso com frequência, mas Senhor, eu morreria por mais uma dança com minha mãe...
Toda noite quando caio no sono, isso é tudo o que eu sonho.









domingo, 19 de outubro de 2014

Como eu me vejo?





Venho me questionando isso já tem algum tempo. Aliás, bastante tempo.
O Estado em que nos encontramos hoje é na verdade, um reflexo do nosso passado. O problema é que isso nem sempre é bom. Podemos entender o estado depressivo a partir disso. Perdas, mágoas, rompimentos, traições e outros sentimentos mais causados no passado, ainda estão guardados em nossa memória, inevitavelmente.  
Alguns cientistas do comportamento dizem que nossa personalidade é o conjunto de memórias que acumulamos durante a vida. Nossa coleção de memórias afetam com profundidade nossas percepções e nosso comportamento.
Isso traz juntos outros sentimentos e agora envolvendo a nossa visão de nós mesmos.
Quando trazemos traumas, e eu digo isso de qualquer experiência emocional desagradável, fica uma marca duradoura em nossa mente, e por isso nos sentimos tristes e deprimidos quando nos lembramos. O problema é que, como eu disse, isso acaba mudando nossa visão de nós mesmos. Infelizmente não é fácil separar o que sentimos no momento que estamos vivendo ou relembrando tal fato, do que realmente somos. É por isso que um estado deprimido se torna uma depressão profunda.
Diretamente relacionada com a memória, a decisão sobre quem somos, especialmente quais são nossos limites, podem afetar toda a nossa vida. Decisões podem criar crenças, valores, atitudes e até o modo de viver, podem afetar ao longo do tempo nossa percepção do mundo.
Devemos nos lembrar sempre, ao passar por um momento de turbulência causada pela dor emocional, que isso não define quem nós somos.
Nos lembrar e exercitar isso é essencial. Regular o que pensamos e o que dizemos pode ajudar muito.
 Qual afirmação aparenta ter menos peso? “Eu estou a me sentir deprimida” ou “Eu tenho depressão”. Na primeira você entende que o que sente não será eterno, admite o momento, até mesmo porque a negação só atrasa a melhora, mas somente para que você não demore nesse estado, enquanto que a segunda afirmação, aquilo que deveria ser apenas um momento acaba por se tornar parte de você.
Alguns dias atrás, postei aqui de maneira bem sucinta o que descreve muito bem isso. Eu dizia que o nossos pensamentos constroem a nossa realidade. É exatamente isso. Nem teus piores inimigos podem fazer tantos danos como teus próprios pensamentos.

Sendo assim, dê um tempo a você mesmo e se atente mais ao que de bom você tem e ao que de bom já lhe aconteceu e quem sabe assim sua realidade e sua visão de si mesmo mudem.





K.  ‎19‎-10-2014, ‏‎17:39


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mudança de Hábito.





O número de pessoas insatisfeitas nesse mundão é enorme e cresce a cada dia mais. E eu não me incluo fora dessa.

Mas o que há? A vida nos trouxe aqui e nos deixou lançados à sorte? Não temos meios pra conseguir novos resultados? Nada disso, né. As pessoas não saem deste estado de insatisfação por que para isso é necessário que haja mudança de hábitos.

O hábito é tão velho quanto a raça humana e para mantê-los sempre encontramos uma desculpa.

Mas, porque as pessoas se apegam às suas desculpas favoritas e as defendem com unhas e dentes? Ora, defendem porque foram elas que as criaram! A desculpa é filha da imaginação do homem e é próprio da natureza humana defender os filhos da nossa mente.

Um exemplo muito simples que deixa bem claro o quanto o hábito é mais forte do que a vontade de mudança: “Eu adoraria ver o nascer do sol todos os dias. Mas infelizmente não dá, eu trabalho muito e nesse horário preciso dormir e descansar.”

Ouço muito isso por aqui. É aquela velha história de querer novos resultados, mas sem mudar as fórmulas.

E essas desculpas nossas de cada dia vão mascarando os motivos verdadeiros. Se tivermos a coragem de nos vermos como realmente somos, descobriríamos o que há de errado e corrigiríamos. Assim poderíamos ter a oportunidade e aprender com os nossos erros. Pois se nada estivesse errado, estaríamos agora onde deveríamos estar. Isso se tivéssemos passado mais tempo analisando nossas fraquezas e menos tempo inventando desculpas para elas.

É comum dizermos a nós mesmos algo como: “Algum dia vou parar de fumar” ou “Qualquer dia destes vou mostrar ao mundo do que sou capaz”

É bom pensar. É bom planejar. É bom sonhar. Mas melhor ainda é agir.

Amyr Klink, navegador, sempre teve o sonho de circunavegar a terra, e hoje é conhecido por suas expedições marítimas. Quando o questionam sobre como ele teve esse êxito, a resposta dele é simples: “Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.”.

Não deveria ser diferente conosco. Com os nossos planos para o futurou ou nossas metas diárias.


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” (Fernando Teixeira de Andrade).




K.  ‎15‎-10-2014, ‏‎03:41


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

20 Coisas que Deveríamos Falar Mais Vezes




      Se você não conhece, este é o Kid President, um garotinho lindo que sempre tem coisas bacanas pra dizer. Aqui ele nos lembra de 20 coisas que todos nós deveríamos falar mais vezes.




     E você, o que acha que deveríamos falar mais vezes??

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Samba de ir embora e só.





Tá certo que o nosso mau jeito foi 
Vital pra dispensar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposição a disposição cansou
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora
Solução é a solidão de nós

Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor

Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar



(TM)







quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O que você pensa?



(Clarice Lispector)




Nossos pensamentos constroem a nossa realidade...

E então, o que você pensa?






K.  ‎08‎-10-2014, ‏‎04:19

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Certeza?!




Eu preciso admitir: estar com a razão é muito precioso pra mim. Sou muito julgada por isso, mas o que eu posso dizer? Eu sempre sinto que estou certa e na grande maioria das vezes eu estou realmente.
Sempre questionei se isso seria algo próprio da minha personalidade, e na verdade, quando observo as pessoas, o que eu vejo não é nada diferente do que acontece comigo. Em geral, toda pessoa se acha certa, ou tem um sentimento de estar absolutamente certa em suas atitudes. E é quando me torno expectadora disso que consigo entender os motivos dos julgamentos que eu recebo. Quando estamos em nossas posições defendendo estarmos completamente certos, o outro nem sempre enxerga assim e observa os nossos erros. Nós mesmos quando olhamos pra trás, podemos lembrar situações em que estávamos errados em vários comportamentos que tivemos, mas, na época, tínhamos a plena certeza de estarmos certos e muitas dessas certezas resultaram em discussões, rompimentos e mágoas desnecessárias.
Talvez nossos comportamentos estejam mais ligados aos condicionamentos ancestrais do que Carl Jung podia supor. Não só através dos padrões arquivados no inconsciente coletivo, mas também da nossa ligação com as várias fases anteriores da psique humana.
Na época que chamamos de “Idade da Pedra”, não havia nenhum comprometimento com a razão social e a luta pela sobrevivência do mais forte não deixava espaço pra nenhum tipo de autorreflexão.
Se Carl Jung estiver certo, essa sensação de liberdade absoluta que experimentamos no sentimento de estarmos sempre certos, está enraizada na fase pré-humana que foi conservada em nossa psique, no nosso inconsciente. Em outras palavras, uma herança dos nossos queridos ancestrais.
Isso explicaria. Esse condicionamento psíquico impede quase sempre que tenhamos uma visão ajuizada, por assim dizer, sobre a possibilidade de estarmos errados em certas atitudes, e até nos tornamos um pouco fechados frente às ideias que estejam contra aquilo que estabelecemos como certo.
É difícil encontrar quem coloque a prova suas próprias posições. Nos tornamos inflexíveis por esse sentimento arcaico que é o medo da competição que partilhamos dos nossos ancestrais, afinal, essa luta incessante é caracterizada pela sobrevivência dos mais fortes, como disse antes. Ponderar ou ceder sugere fraqueza e a possibilidade de fracassar, o que é imperdoável na natureza. Então competimos, não cedemos.
Ser inflexíveis nos dá a sensação de que somos mais fortes. Mesmo quando reconhecemos que estamos errados, mantemos a posição de que estamos certos. Defendemos nossos erros com desculpas traindo a razão. Esse sentimento de sobrevivência do mais forte, às vezes tem mais influencia na nossa psique do que a razão e por isso agimos mais instintivamente do que racionalmente.
Então, nossa herança psíquica não se estabelece apenas com os condicionamentos culturais, ou seja, herdados em sociedade, mas também através desses feelings psíquicos como este condicionamento arcaico herdado dos nossos ancestrais.
E ainda, se estes feelings psíquicos forem contrariados, disparam outros condicionamentos arcaicos guardados em nossa psique. Quando somos confrontados dizendo que estamos errados, ficamos com raiva, com ódio e com a expressão de um animal feroz estampada no rosto. Alguns até agem como bichos realmente, haha.


Sendo assim, que culpa tenho eu de estar sempre certa? Se isso é um problema pra você, é melhor se resolver com os meus ancestrais, haha.




K.  ‎06‎-10-2014, ‏‎23:56.

sábado, 4 de outubro de 2014

Três loucas e a esposa perfeita.




Ela está casada a 20 anos. Seu marido nunca foi fiel. Ele comprou uma casa, e deu para a amante. A esposa nunca reclamou. Tem dias, que ele dorme na casa da amante, no outro dia, quando chega em casa, a esposa preparou suas torradas com queijo e café. Nunca perguntou onde ele passa a noite. Eles tem 3 filhas. Todas são psicóticas!!! Duas delas são aposentadas. Ela é uma mãe dedicada.

Os vizinhos não entendem como ela, mesmo sabendo do que acontece, nunca se queixa. Ela nunca chora, nunca reclama de nada, nunca viram-na brigando ou discutindo. Em sua casa, ela faz de tudo pra manter a paz e não permitir que suas filhas cresçam num clima de brigas e desunião. Ela evita falar no assunto e continua seus afazeres domésticos para agradar o homem que escolheu pra ser seu esposo.

Aquilo que os pais não curam “em si”, contamina, pelas vias do inconsciente, seus filhos. É óbvio que essa “esposa ideal” sofre muito. Sofre calada. Sofre em silêncio. Dentro dela, um turbilhão de emoções. Mistura de amor e rancor, de ódio e culpa. Porém, ela foi educada pra ser a esposa ideal, logo, não combina com sua imagem fazer escândalos, discutir com seu esposo ou criar “desunião” dentro de casa.

RESULTADO: Essa raiva, cumulativa, de anos em silêncio, contamina, psiquicamente, as filhas que nascem sempre com transtornos psiquiátricos, materializando aquilo que sua mãe reprimiu em seu coração. (infecções psíquicas)




                                          O desenvolvimento da personalidade – Carl Jung  — 

Stuck in a Moment.



Algumas coisas a gente não sabe como dizer. Mas tem sempre aquela música que fala por você.
Da melhor banda do mundo, lançada em 2000 e não poderia ser mais relevante.

U2 - Stuck in a Moment - You Can't Get Out Of
 (Presa a um momento – Você não consegue sair)

Eu não tenho medo de nada neste mundo
Não há nada que você possa me dizer
Que eu não tenha escutado antes
Eu só estou tentando achar uma melodia decente
Uma canção que possa cantar em minha própria companhia

Eu nunca pensei que você fosse uma tola
Mas, querida, olhe para você!
Você tem que se levantar e carregar seu próprio peso
Estas lágrimas não vão te levar a lugar algum.

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Não diga que mais tarde ficará melhor
Agora você está presa a um momento e não consegue sair

Eu não renunciarei às cores que você traz
Mas as noites que você encheu de fogos de artifício
Elas te abandonaram sem nada
Ainda fico encantado com a luz que você trouxe a mim
Ainda ouço com seus ouvidos, e com seus olhos posso ver.

E você é tão tola por se preocupar dessa maneira
Eu sei que é difícil, e você nunca terá o bastante
Daquilo que você não precisa de verdade agora.

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Oh, amor olhe para você agora!
Você está presa a um momento e não consegue sair

Eu andava inconsciente, meio adormecido
A água parece morna até você perceber como é profunda...
Eu não estava pulando... Para mim era uma queda
É uma longa descida até o nada

Você tem que se recompor
Você ficou presa a um momento e agora não consegue sair
Não diga que mais tarde ficará melhor
Agora você está presa a um momento e não consegue sair

E se a noite dominar tudo?

E se o dia não durar?
E se nosso caminho vacilar
Ao longo da passagem pedregosa?

E se a noite dominar tudo?
E se o dia não durar?
E se nosso caminho vacilar
Ao longo da passagem pedregosa?
É apenas um momento
Este tempo passará.









                                                                                                                          K.  ‎03-10-2014, ‏‎23:45



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Amor Próprio.



Quem é que se dá o devido valor?
Eu sei que tem pessoas que podem acreditar que sabem do seu verdadeiro valor. Mas como eu sempre falo da maioria, dessa vez não será diferente.
Sempre trazemos um grande fardo que é “amar o próximo”. A questão chave é que isso deveria estar bem longe de ser um fardo.
Eu vivi com pessoas que depositaram todo o seu amor no outro e esqueceram-se de si mesmas, mas nem é preciso ir muito longe pra ver isso, talvez basta observar algumas das nossas atitudes.
Muitas vezes deixamos o que nós somos de lado, pra ser aquilo que o outro precisa ou quer que sejamos. E por algum período de tempo isso funciona muito bem, pois a intenção é boa e os resultados são melhores ainda, afinal, você passa a viver cercada de pessoas gratas. Só que infelizmente isso não dura muito tempo. Com o tempo você percebe que o outro nem sempre estará disposto a ser o que você precisa. Obviamente você começa a se questionar e com isso vem a decepção.
Não é necessário ser cristão pra viver sobre o enfoque de: “amar o próximo como a ti mesmo.” (Mt 22:39). Todos gostariam que fosse assim sempre e muitos passaram grande parte da vida tentando. E o motivo de não dar certo é muito claro. Há uma lógica por trás dessa premissa que muitas vezes passa despercebida. Na construção da frase, o termo “próximo” aparece antes do termo “ti mesmo”, mas quando se observa o todo, é impossível não notar a grande verdade: se eu tenho que amar o próximo como a mim mesmo, denota que primeiro é preciso me amar pra saber como o fazer. Bom, isso é o que chamamos de amor próprio.
Parece uma questão simples, mas não é.  Ter amor próprio implica em muitas coisas difíceis como: saber dizer não, quando amar o outro significa ultrapassar os limites dos teus princípios; não ter medo de ser exatamente quem você é; defender seus interesses; aprender a perdoar a si mesmo e aos outros; esquecer a opinião alheia; aprender a dizer adeus e saber quando recomeçar. É, nada fácil!
Mais complicado ainda é o fato de que muita gente justifica seu egoísmo dizendo que é amor próprio, e outra grande parte, deixa de ter amor próprio por medo de ser egoísta.
A questão é que são duas coisas completamente diferentes. A pessoa egoísta pensa em si mesmo e mais nada, custe o que custar.  Quem tem amor próprio, consegue pensar em si e nos outros ao mesmo tempo, mas vai decidir sempre conforme os teus próprios limites.
Bom, algo me faz pensar que muitas pessoas se tornaram egoístas por não terem aprendido a se amar. Quando falta amor próprio, a gente vive pelo outro, não existe limites, não existe identidade e o retorno nunca é agradável, porque, por mais que o outro retribua, ninguém pode oferecer a você esse amor que somente pode vir de você mesmo. Assim surge a desilusão, decepção, frustração e todos os outros “aõs” que você puder imaginar. E é a partir disso que nasce o egoísmo. As feridas são tantas pela falta da retribuição esperada que a única saída aparentemente justa, pra não causar mais danos a si mesmo, é esquecer o resto do mundo e fazer de você o centro de tudo. Lamentável, né? Mas enfim, isso é só uma teoria minha. Até mesmo por que, tem gente que é egoísta de ruindade mesmo, rs.
Mas, retomando o meu pensamento. Tem tantas outras implicações quando deixamos de nos amar...  Não que seja uma regra, mas você pode deixar “aleijadas” as pessoas com as quais você se relaciona, ou pior, pode se tornar um imã pra pessoas interesseiras. É muito simples de entender: se você faz tudo pelo outro, esse outro pode não aprender a fazer sozinho e sem conseguir “andar com as próprias pernas”, será completamente dependente. Ou como eu disse, pode ser ainda pior: mesmo que o outro saiba como caminhar sozinho, pode acontecer de querer sempre tirar proveito, afinal você não colocou limites.
Um saco, né? E isso tudo pode ser evitado com o amor próprio. Não correrá o risco de se tornar egoísta porque, quando fizer algo pelo outro será genuíno, sem a pressão de manter as aparências, sem se sentir roubado, e o melhor, sem esperar retorno, o que não permitirá decepção, afinal você já recebeu sua parcela de amor de si mesmo, e só o fato de ajudar já será o suficiente pra que você se sinta recompensado.
E quando você aprender a se amar e a valorizar quem você é, pode acontecer de algumas pessoas saírem da sua vida. Não impeça, deixe que vá! É um favor que farão a você, acredite.

E não deixe de estar atento, por que, como eu sempre digo: É muito fácil se perder no caminho de amar o outro.









K.  ‎29‎-09-2014, ‏‎02:18



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Pra descontrair.

Aiai.

Hoje vi uma coisa muito engraçada e, meu Deus, como eu ri, hahaha.
Pera! Ainda estou rindo, hahahahaha. Sério! Hahahahaha.
Certo!

Aí, lá fui eu mostrar essa coisa pro meu digníssimo esposo e ele fez aquela cara de: “sério? Você está rindo assim por causa disso ai?”.
Man, eu virei puro ódio. Sangue nos olhos mesmo... Ele encontrou uma fraqueza minha.

Eu não sou do tipo que gosta de astrologia, horóscopo e essas paradas aí... Mas quando se trata sobre traços de personalidade eu acho interessante e às vezes me identifico. Bom, Aí eu me lembrei de uma coisa que eu li tempos atrás, sobre como irritar e deprimir um geminiano muito engraçado, mas como eu disse antes, me identifico haha.

“Irritar um geminiano não é tão simples. É claro que ele se estressa como todo mundo. Mas os geminianos são apaixonados por ideias e ele vai entender sua provocação como um desafio mental para argumentar e ganhar o debate no final. Ou ele vai dar uma resposta irônica e inteligente terminando com uma piada sutil. Mas calma. Ainda tem jeito! Descubra seus pontos mais fracos e ataque sem dó. Eles aguentam. E capriche! Afinal, nesse jogo, você é um contra dois!

1. “Posso falar?”. Já tentou interromper um geminiano? É mais difícil do que cancelar a assinatura de um serviço. Mas insista e interrompa mesmo. O primeiro “Posso falar?” que você disser ele provavelmente não vai nem ouvir. Depois vai responder com aquela frase típica geminiana “Espera, deixa eu acabar”. Mas não desista.  Depois de ser interrompido umas quatro vezes ele começa a ficar confuso, tentando manter o raciocínio. Quando ele desistir e disser “Tá bom, fala”, você dá o golpe final: “Esqueci o que era. Pode continuar”. Pronto. Ele vai ter que reiniciar o cérebro pra remontar seu discurso.

2. “Eu vou explicar de novo”. Você acha que geminianos falam depressa? Acredite, aquilo não é nada perto da velocidade mental deles. Além de pensar rápido, eles conseguem pensar em duas coisas simultaneamente, como se tivessem duas janelas abertas, alternando com Alt + tab o tempo todo. NADA, nada irrita mais um geminiano do que a fala mansa, lenta e pausada. Comece a contar uma história, sem pressa. Então, pare no meio, faça uma pausa silenciosa para pensar, e recomece: “Não… não foi bem isso. Deixa eu explicar de novo. Foi assim. Um belo dia…”. E recomece.  Não economize nos detalhes, faça pausas.. Quando começarem a se agitar de nervoso é porque você está indo bem.

3. “Espero que hajam muitas coisas pra mim fazer“. Só de ler essa frase, o geminiano já sente aquele desconforto. Palavras e ideias são o mundo dele. Mesmo para um geminiano que cometa pequenos erros ocasionais. É como uma reação alérgica. Eles tendem a corrigir a gramática alheia e a achar erros até em cardápio de restaurante. É por isso que geminianos nunca se ofendem quando você os corrige. Ficam gratos. Se a ideia é irritá-lo, cometa um, dois, quantos erros gramaticais conseguir. Coma alguns “S” dos plurais, faça uns quatro erros de concordância e observe a respiração dele se alterando de desespero.

4. “Não entendi!”. Nunca, jamais ria de suas piadas. Se for muito engraçada, pense em outra coisa. Mas não pode rir! Assim como Sagitário, seu oposto, geminianos são (ou tentam ser) engraçados, irônicos. Ligeiramente sarcásticos. Infelizmente esse item é o mais difícil de cumprir, porque quase sempre eles são divertidos mesmo. Mas mantenha uma expressão séria, de quem não entendeu a piada: “Como assim?”. Ou, pior ainda, leve a piada a sério.

5. Repita sempre - "De onde você tirou essa ideia?". Peça a eles para fazerem menos movimentos com os braços e mãos em público, e quando iniciarem um assunto, diga: “Isso eu já sei!" ou então -: “Lá vem você de novo!".

6. Abra a porta do quarto deles e berre: “Vai sair desse telefone ou não vai?".

7. Tagarele enquanto ele assiste o noticiário e, quando ele finalmente decidir falar com você, demonstre total falta de interesse em escutá-lo. Quando ele mudar de opinião, afirme que é mentiroso e bipolar, lembre-o do que havia dito antes e o impeça de argumentar. Demonstre burrice e diga que não lê e não sabe dos acontecimentos da atualidade. Quando ele discursar sobre um assunto que ama, boceje.

Bom, entre outras coisas sobre o geminiano...

 O que o geminiano espera de seu parceiro: Para o geminiano o que conta é o companheirismo, o ter alguém com quem conversar, trocar ideias, e principalmente para ouvi-lo. Gostaria de encontrar o seu gêmeo ou sósia intelectual. Quer sentir-se livre para ir e vir quando bem entender.
O que o geminiano diz depois do sexo: 'Você viu o controle remoto?'
Por que o geminiano atravessou a rua?  Se nem ele sabe, como é que eu vou saber?
Adesivo para o vidro do carro do geminiano: 'Não me siga, posso mudar de destino a qualquer momento'.
Quantos geminianos são necessários para trocar uma lâmpada?  Dois (claro). Vai durar o final de semana inteiro, mas quando estiver pronta, a lâmpada vai fazer o serviço de Casa, falar francês e ficar da cor que você quiser.

Ai Ai, hahaha...
Sei lá, me identifico.

Mas esse post começou com a coisa engraçada que eu vi. Vou colocar aqui pra vocês verem.




Hahahahahahaha. WTF? Hahahahahhaha.

Se não achar engraçado, não se esqueçam: nesse jogo, você é um contra dois! Haha


Byee!




K.  ‎29-09-2014, ‏‎18:56




segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Caos.

Há certas coisas que eu mesma não reconheço em mim.
 Me considero uma pessoa da palavra, ou do pensamento por assim dizer. Isso não é pra fazer sentido, mas vi isso como uma vantagem por muito tempo, talvez eu soubesse o que fazer disso antes, mas não mais. Hoje não sei o que fazer com tantos pensamentos, com tanta coisa por dizer. Já não é mais tão simples. O caos aqui dentro é muito maior, mais do que eu imaginava ser possível.  Não consigo mais discernir alma, corpo, coração, mente e espírito.  Não gosto de me encarar, acho que não gostaria de me encontrar.
 É estranho, mas não sei se gosto de quem eu sou. Não digo de quem eu aparentei ser até aqui, essa pessoa é legal, é forte, é corajosa, é otimista, é “pau pra toda obra”, é talentosa, é inteligente, é linda, é conselheira, é a melhor amiga e por aí vai. Mas, eu mesma, essa eu nunca encontrei, não sei o que ela é, não sei quem ela é. Por isso o medo.
 Ainda não tenho certeza se essa pessoa que eu aparento ser é uma invenção minha ou se inventaram pra mim. Sei que agradou por muito tempo, ou pelo menos tentou tudo que pôde. Estou adiando esse encontro comigo mesma já tem um bom tempo.
 Nas poucas vezes que me vi de longe foi um sufoco. Muita coisa nebulosa, muita coisa guardada, muito medo, muito vazio, muita carência, e é tudo muito escuro por que não tem energia nenhuma, nem pra iluminar. Um horror. Até onde me permiti me enxergar, não vi nada certo, não havia nada de bom. Desisti então. O motivo é simples: E se for só isso? E se eu for só isso? Bom então aí seria melhor nunca ter me conhecido, me encontrado de verdade.
Não é que eu queira ser um engano, nem pra mim nem pra ninguém, mas, é tão cansativo... Digo, o pouco que eu vi quando tentei me encontrar foi uma enorme bagunça. Se eu chegasse a quem eu sou de fato, encontraria tudo destruído. Eu precisaria tirar todos os escombros e começar a construir tudo outra vez da maneira certa, e eu sei lá que maneira é essa... E só de pensar nisso fico exausta.
Pois bem. Ainda não é o pior. Pior seria quando quem conhece quem eu aparento ser, descobrisse a verdadeira tragédia que eu sou. Não sobraria um. Pois nem eu quero ficar. Bom, na verdade isso é uma grande mentira. As pontes de amor que chegam até mim são as mais firmes e verdadeiras que podem existir, essas pessoas são o meu sustento. E isso eu não acho justo. Eu sei que eles estariam lá quando eu me encontrasse. Juntariam cada pedacinho de mim se preciso fosse. Mas como eu disse, não acho justo.
Não sei como continuar sem ter que encontrar o caos que há em mim. Tenho medo de chegar lá e não conseguir mais voltar.
Ou será que eu já cheguei?

É... Isso explicaria muita coisa.




K.  ‎22‎-09-2014, ‏‎03:54